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Mel: como saber se é puro, consumo ideal e como conservar

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Na imagem: Foto de uma tigela de mel. Matéria sobre como escolher, armazenar e consumir mel
Imagem via Freepik.

Tem dúvidas sobre o mel que você está comprando? Então você está no lugar certo. Hoje você entenderá como saber se ele é puro, quanto você pode comer diariamente e como conservar da melhor forma.

Se você consome mel com frequência, sabe que nem sempre é fácil escolher onde comprar ou mesmo se ele é puro. Nesse momento surgem diversas dúvidas, mas não se preocupe: estou aqui para te ajudar.

Neste artigo, vou responder a essas e outras perguntas sobre esse ingrediente tão versátil e saboroso. Então, prepare-se para se tornar um expert em tudo relacionado ao mel!

Como identificar se o mel é puro ou adulterado?

Um dos maiores desafios ao comprar mel é identificar se ele é puro ou adulterado. Infelizmente, muitos produtores adicionam xarope de milho ou açúcar para aumentar a quantidade e reduzir os custos.

Isso pode prejudicar a qualidade do mel e até mesmo afetar a saúde do consumidor. Por isso, é importante saber como identificar se o mel é puro ou não. Veja abaixo algumas possibilidades:

  • Textura e consistência – uma das maneiras mais simples de verificar a pureza do mel é observando sua textura e consistência, pois o mel puro geralmente tem uma textura espessa e viscosa, enquanto o mel adulterado tende a ser mais líquido e escorregadio.
  • Sabor – o mel puro é mais intenso e complexo, com notas florais e frutadas, enquanto o mel adulterado pode ter um gosto artificial ou sem sabor.
  • Teste do iodo – outra forma de identificar se o mel é puro ou não é realizando o teste do iodo. Para isso basta adicionar algumas gotas de iodo ao mel diluído em água. Se a solução mudar de cor para azul-esverdeado, significa que há amido no mel, indicando que ele foi adulterado com xarope de milho ou açúcar.
  • Teste com vinagre – outro teste envolve colocar uma colher de chá de vinagre branco no mel diluído em água. Se houver efervescência, significa que há bicarbonato no mel, outro sinal de adulteração.
  • Teste com álcool – coloque um punhado de mel num copo com álcool e mexa delicadamente. O mel verdadeiro não se dissolve no álcool.
  • Ler o rótulo – pode parecer uma dica simples, mas é a primeira forma de saber se ele tem aditivos.
  • Selo do Serviço de Inspeção Federal (SIF) – procure por esse selo que assegura a qualidade de produtos de origem animal comestíveis e não comestíveis destinados ao mercado interno e externo

Segundo a nutricionista da Vigilância Sanitária de Rio Claro, Dra Mônica Marina Bonifácio da Silva, o mel adulterado é uma mistura perigosa que pode trazer problemas à saúde.

As imitações de mel costumam conter aditivos nocivos à saúde, como anilina, iodo, água de rosas, baunilha, além de sacarose ou glicose industrial, acidulantes, essências químicas artificiais, corantes e estabilizantes.

Como escolher o mel certo para você?

Escolher o mel ideal pode definir se você está trazendo mais saúde para sua dieta ou não. Apesar de parecer uma tarefa simples, é preciso estar atento a detalhes para garantir um produto de qualidade.

1. Selo do Serviço de Inspeção Federal (SIF)

Imagem do selo SIF do Ministério da Agricultura

Verifique se o mel possui o selo do Serviço de Inspeção Federal (SIF) que assegura a qualidade de produtos de origem animal comestíveis e não comestíveis destinados ao mercado interno e externo

2. Dê preferência a produtores locais

Dê preferência aos pequenos produtores locais, pois assim você estará contribuindo com a economia da região e terá acesso a um produto fresco e de qualidade.

3. Áreas livres de agrotóxicos

Opte por comprar mel produzido em áreas livres de agrotóxicos e pesticidas, pois isso garante que as abelhas não foram expostas a substâncias nocivas à saúde.

4. Escolha a florada ideal

Apenas lendo as informações presentes no rótulo do produto dá para saber muito sobre a experiência que você terá com ele. Sendo assim, uma das principais informações é a indicação da florada utilizada na produção do mel, pois cada tipo de flor confere características únicas ao sabor e aroma do produto.

Veja abaixo um pouco mais sobre as floradas:

  • Mel silvestre – é um mel polifloral, ou seja, onde várias espécies contribuem com néctar. A cor varia de acordo com a quantidade de minerais presentes, podendo passar do vermelho escuro ao amarelo claro.
  • Mel de laranjeira – Esse mel é obtido a partir do nectar das flores das laranjeiras. Ele é mais perfumado que as outras opções, sua coloração é mais clara e seu sabor é mais suave.
  • Mel de eucalipto – Esse mel é obtido a partir do néctar das flores do eucalipto. Ele é mais produzido nas regiões Sul e Sudeste do Brasil. Sua coloração é mais escura que as outras floradas e o sabor é mais forte e intenso.
Leia também:  Abacate: benefícios, para que serve e como consumir

Ainda na dúvida sobre como escolher o melhor mel? Então assista ao vídeo abaixo onde Gabi Paína, do canal Namu, explica o passo a passo para isso.

Como armazenar o mel para manter suas propriedades?

Agora você já sabe tudo que precisa para escolher um mel puro e de qualidade, então agora é hora de saber como conservá-lo.

O mel é naturalmente resistente a bactérias, mas pode cristalizar ou perder sua textura líquida com o tempo. Para evitar isso, é recomendado armazenar o mel em um local fresco e seco, longe da luz solar direta.

Uma boa opção é guardar o mel em potes de vidro bem fechados, que evitam a entrada de ar e umidade.

Outra dica importante é nunca colocar o mel na geladeira, pois isso pode acelerar seu processo de cristalização. Além disso, evite usar colheres úmidas ou contaminadas ao retirar o mel do pote, pois isso pode introduzir bactérias e comprometer sua qualidade. S

Seguindo essas orientações simples sobre como armazenar o mel, você poderá desfrutar do sabor e dos benefícios do mel por muito mais tempo.

Tire suas dúvidas de campo

Veja abaixo as respostas para as principais dúvidas sobre escolher, armazenar e consumir mel.

Qual é a diferença entre mel orgânico e convencional?

Veja abaixo qual é a diferença entre esses dois tipos de mel.

Mel orgânico

No mel orgânico as abelhas são criadas em colmeias que não recebem tratamentos químicos, como pesticidas e antibióticos. Esse produto é também produzido a partir de flores que não foram expostas a agrotóxicos ou outros produtos químicos.

O mel orgânico geralmente tem um sabor mais intenso e complexo, já que é produzido a partir de flores silvestres e sem interferência humana.

Também há diferenças no processo de certificação, afinal o mel orgânico deve ser certificado por uma organização independente que verifica se todas as etapas da produção estão em conformidade com os padrões estabelecidos para a agricultura orgânica.

Mel convencional

Já o mel convencional pode conter resíduos de pesticidas e outros produtos químicos utilizados na produção das plantas que serviram de alimento para as abelhas.

Ele também pode ter um sabor mais uniforme, já que é produzido a partir de plantações específicas como de laranja ou eucalipto.

O que fazer se o mel está cristalizado?

Foto e mel cristalizado
Imagem via Pinterest Iguaria.com

Se o mel já estiver cristalizado, não se preocupe: isso não significa que ele esteja estragado ou foi adulterado.

Essa cristalização é um processo natural e na verdade indica sua qualidade e pureza. Ela ocorre quando o açúcar natural presente no mel começa a se solidificar, deixando-o com uma textura granulada e difícil de espalhar.

Para reverter esse processo, basta aquecer suavemente o frasco de mel em banho-maria ou no micro-ondas por alguns segundos.

É importante lembrar que o calor excessivo pode danificar as propriedades do mel, portanto, evite aquecê-lo em altas temperaturas.

Agora uma curiosidade:

  • Muitos especialistas consideram o mel cristalizado como sendo ainda mais saudável do que o líquido, pois ele contém mais antioxidantes e enzimas benéficas para a saúde.

Como usar o mel na alimentação?

O mel é um ingrediente versátil na culinária, podendo ser utilizado em diversas receitas doces e salgadas.

Ele pode adoçar naturalmente, o mel também traz benefícios para a saúde, como propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias. Para utilizar o mel na culinária, é importante escolher um produto puro e de qualidade.

Uma dica para utilizar o mel em receitas doces é substituir o açúcar refinado pelo mel. Isso trará um sabor mais suave e natural à sobremesa, além de ser uma opção mais saudável.

Já em receitas salgadas, o mel pode ser utilizado como tempero ou molho para carnes, legumes e saladas.

Outra forma de utilizar o mel na culinária é na preparação de chás com ervas naturais e adição do mel para adoçar.

O importante é sempre escolher um mel puro e orgânico para garantir que os benefícios sejam mantidos. 

Quais são os benefícios do mel para a saúde?

Existem diversos benefícios do mel para a saúde e abaixo você pode ver alguns deles:

  • Mel é um adoçante natural;
  • Contém antioxidantes que ajudam a combater os radicais livres e prevenir doenças crônicas, como câncer e doenças cardíacas;
  • Possui propriedades antibacterianas e anti-inflamatórias, o que pode ajudar a aliviar sintomas de resfriados e gripes;
  • O consumo regular de mel pode melhorar a digestão e fortalecer o sistema imunológico;
  • Ele também é uma fonte de energia rápida para o corpo, sendo uma ótima opção para quem pratica atividades físicas ou precisa de um impulso energético durante o dia;
  • Estudos mostram que o mel  impacta na produção de serotonina e pode trazer benefícios no transtorno de ansiedade.

Mas nem tudo são flores, pois o mel ainda é uma fonte de açúcar e deve ser consumido com moderação.

Pessoas com diabetes devem ter cuidado redobrado ao consumir mel. Além disso, crianças menores de 1 ano não devem consumir mel devido ao risco de botulismo infantil.

Vale lembrar que você sempre deve consultar uma pessoa nutricionista antes de incluir qualquer alimento em sua dieta.

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Leo Cruz

Especialista em criar aquilo que um dia você vai procurar no Google. Produzindo conteúdo com o objetivo de impulsionar esses pequenos produtores e incentivar a agricultura orgânica, agroecológica e familiar brasileira, com respeito ao meio-ambiente e aos animais.

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